Esvaziando-me

domingo, 4 de outubro de 2009
Eu já não sabia mais. Não compreendia o que era aquilo. Seria saudade? Seria amor ainda? Não, não era mais nada. Era somente aquele vazio que ficou no peito. Eram todas aquelas feridas cicatrizadas, que de alguma forma eu queria que voltassem a sangrar! Mas, já era tarde de mais. O tempo já se passara rápido como deveria ser, a distância já fizera sua tarefa de deixar o amor jogado em sua masmorra. E que tarefa seria agora? O vazio? Aquele esperar que alguém lhe tire da inundação vazia? Não, não deve ser. Talvez, ficar sem sinais. Sem esperança, sem planos. É, é isso mesmo. Chega, chega de planos e expectativas. Mas e se os planos acabarem e as expectativas também? O que vai se tornar o que chamamos de felicidade? Resposta: Vazio. Chega uma hora que nada adianta, que não aparecem sorrisos que lhe façam sorrir com intensidade, sorrisos sinceros e olhares estonteantes. Acaba, e assim, acaba tudo. Sorriso, amor, felicidade, vazio, vazio, vazio. Ponto. Vazio.

Um comentário:

Alberto Martínez disse...

Em uma queda eterna, chegamos a um ponto na qual não sentimos mais cair. Quando menos esperamos, uma leve mão com textura de algodão vem a nos salvar e de lá nos tirar.
Assim são as coisas, não eh sempre q estamos em queda livre...
Mas nos tiram de lá para que novamente estejamos disponíveis para uma nova queda.
Martínez

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